quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

De férias na Grécia

A pedido de alguns companheiros deste blog, deixo aqui o princípio de uma história interessante (e arrisco-me a dizer bonita!) publicada numa revista.

A revista foi apanhada do chão no Cabeço de Montachique, numa das muitas aulas de campo que eu e o K tivemos na faculdade. Nesse dia, a revista fez-nos dar muitas gargalhadas e hoje ao abri-la dá para ver que continua com grande potencial.

Como não sou egoísta, aqui vos deixo um capítulo, fiquem atentos a futuros posts...

"Há muito que eu e o meu namorado andávamos a poupar para umas férias, de modo que decidimos dar-nos ao luxo de ir passar duas semanas na Grécia, num hotel de verdadeira classe. Havia ali todo o género de pessoas, mas foi um grupo de holandeses que mais atraiu as atenções do Daniel.

Eles eram obviamente, da classe rica...o seu hotel era dos mais caros – e quase todos eram loiros e atraentes. Eu guardei em segredo a minha opinião sobre dois dos rapazes, que eram relamente saborosos; mas o Daniel não se importou de expressar abertamente o que pensava das raparigas. Estava constantemente a olhar para elas, com a língua de fora!

Daniel está sempre a olhar para as outras mulheres, e isso até constitui um dos motivos das nossas mais acessas discussões. Eu não penso que a ideia dele seja mesmo ser-me infiel; mas a verdade é que gosta de me irritar e de ver até que ponto eu aguento sem perder a compostura e a paciência, e por isso as moças andam sempre atrás dele, o que o enche de satisfação.

Seja como for, Daniel teve o seu ensejo de fazer de Casanova alguns dias depois de ali estarmos, quando jantávamos no restaurante do hotel. Duas das raparigas acabaram por se sentar à nossa mesa, e ele não perdeu tempo em se atirar a elas. Betty não falava muito inglês – a língua que eu e o Daniel dominávamos razoavelmente – mas a Nora tinha vivido em Nova Iorque durante uns tempos, e o seu inglês era quase perfeito. Ela era também uma moça absolutamente maravilhosa, com uma face inocente emoldurada por cabelos loiros e curtos. Mas o brilho dos seus olhos estava longe de ser inocente como a face!

Nora mostrava-se muito amistosa, mas para minha surpresa, os encantos de Daniel não produziam nela qualquer efeito. De facto, ela prestava mais atenção a mim, fazendo-me perguntas acerca do meu trabalho e dos meus passatempos, e a nossa conversa tornou-se até interessante e profunda. Fomos todos para um bar, depois do jantar, e eu passei a maior parte da noite a conversar com a Nora.

Daniel estava de maus modos quando voltámos para o nosso quarto, acusando-me de praticamente o ignorar durante toda a noite, mas eu não lhe liguei muito, pois sabia que ele estava apenas contrariado por Nora não querer fornicar consigo.

No dia seguinte levantei-me cedo, enquanto o Daniel dormia, e desci até à piscina. Esta estava completamente deserta e eu atirei-me à água, gozando aquela paz e sossego. Depois de nadar um bocado, saí da água e deitei-me ao sol. Estava já quase a adormecer, sentindo as carícias do sol no meu corpo, quando uma sombra se atravessou. Era Nora.

Ela estava maravilhosa, um fato de banho cor-de-rosa que lhe desenhava sensualmente o corpo esbelto. Eu nunca, na verdade, me tinha sentido atraída por outra mulher, mas senti-me quente por todo o corpo ao olhar para ela. Eventualmente, tive de desviar os olhos, ao sentir-me enbaraçada. Ela parecia não reparar em nada, apenas me sorrindo e deitando-se ao meu lado, para tomar o calor do sol. Enquanto falávamos, a proximidade do seu corpo tornava-se realmente desconcertante. Uma sensação estranha subia-me e descia-me pela espinha, concentrando-se nas coxas e mordendo-me a vagina.

Completamente confusa, eu disse que ia dar mais um mergulho, e Nora disse logo que ia também. Uma vez na água, comecei a descontrair-me um pouco, e depois pusemo-nos na brincadeira uma com a outra, chafurdando na água e dando voltas na piscina. Riamo-nos como duas desalmandas, e de repente Nora beijou-me nos lábios, fortemente. Então, afastou-se um pouco de mim, olhou-me directamente nos olhos e disse: “Espero que não te importes que faça isso, Susana. A verdade é que não pude resistir.”

“Não há problema”, respondi, consciente de que havia um grande sorriso na minha face. Há muito que não era beijada tão apaixonadamente, e esse beijo soubera-me muito bem. Suponho que me sentia consciente do facto de que estava prestes a ter o meu primeiro encontro lésbico, mas nem sequer pensava especialmente nisso. Apenas sabia que aquela moça me estava a excitar valentemente...."


Daqui a uns dias continua...

1 comentário:

K. disse...

Sem dúvida que este foi dos momentos mais altos das nossas aulas de Campo II. E a melhor parte ainda está para vir. Aguardo ansiosamente ;) É que este início não deixa antever as descrições pormenorizadas que se seguem.

E viva a Tabu encontrada no meio de uns arbustos!!!