De partida... É verdade, depois de quase um ano de convívio quase diário com este magnífico grupo de amigos "Encalhados" vou-me embora de Lisboa, não de vez, espero, já que esta é a mais bela cidade do mundo mas para regressar daqui a ano e meio e imitar o T. comprando uma casita, no meu caso umas águas-furtadas em Alfama ou no Castelo. Escrevo este post desde o magnifico Terminal 2 da Portela, esse monumento à criatividade arquitectónica, enquanto desespero ouvindo a senhora vociferando nos altifalantes que o meu vôo com destino à Terceira se encontra atrasado 3 (três) horas...
Este post destina-se especialmente a relatar o facto de outros três membros deste grupo terem finalmente arranjado um homem, o nosso homem. O T. e o C.J. (Hans) já os tinham, respectivamente no Arroz Doce e no Grogs (embora quanto a este segundo haja alguma polémica sobre a propriedade) mas hoje num cafézito aparentemente inócuo ali para os lados da Praça de Londres (onde fui com as minhas queridas amigas A.M. e G.) eis que se nos revelou uma das personalidades mais caricatas que tivemos oportunidade de conhecer. O seu nome é, como o título indica, Tozé.
Tozé foi fabricado no Bairro Alto, nascido no Castelo, criado em Valença do Minho residente em Odivelas e trabalha em Lisboa, onde é dono de um café e paga 1375 euros por mês de renda.
O seu cartão de visita foi logo ao início ter surripiado o meu relógio (eu tenho a mania estúpida de estar sempre a tirá-lo e a pô-lo) de cima da mesa sem ninguem ter reparado e depois quando fui ao balcão pedir as bebidas já estar com ele no pulso e me ter perguntado se o queria comprar.
As meninas queriam uma água das pedras com sabores. Estes sabores são limitados a uns poucos mas quando questionado sobre quais os que tinha ele sai-se com uma lista de frutas digna de Lineu. Aparentemente ele faz água das pedras com tudo o que cresce na horta do sogro e reclama para si a invenção das águas gaseificadas! Após um quarto de hora de conversa ao Balcão explicando-me porque é que é mais vantajoso fazer as suas próprias águas com sabores do que vender as já engarrafadas e comentando diversas vezes como o meu relógio lhe pesava no pulso (admito que é daqueles pesaditos) de tal forma que era obrigado a andar de banda lá me consegui sentar...
Mas longe de isto ter terminado ali, foi meter conversa com a nossa G. ali na esplanada, especialmente demonstrar o seu belo castelhano com sotaque galego (sim, o homem também tem uma costela de lá). Explicou-nos tudo sobre o magnífico (segundo ele) triângulo Vigo-Baiona-Porriño que é a zona preferida dele e até pôs um slideshow no ecrã do café com as fotos de Valença e dessas terras espanholas de que ele tanto gosta para nós vermos. Continuou a lançar charme em espanhol para cima da G. (ainda bem que não para cima de mim) e depois foi altura de mostrar o seu conhecimento de vinhos que é sua especialidade. Aparentemente é grande fã de um vinho adocicado chamado Sanson, do qual nunca tinha ouvido falar e que só se compra em Espanha). E o que é que ele mete nesse vinho? Água das pedras claro!
Depois foi altura de falar da loja de rendas e toalhas da sua prima em Valença da qual tivemos até direito a um cartão assinado por ele com garantia de descontos e ofertas para qualquer dia que lá formos. Continuou a falar dizendo que foi um prodígio no futebol mas que infelizmente pouca gente o conhece (só os colegas aparentemente) e até me desafiou para uma corrida ao longo da Av. de Paris, dizendo mesmo que em 200m me dava à vontade 100 de avanço. E sim, o homem fuma há 78 anos... Como se ele não aparenta ter mais de cinquenta e poucos? Diz ele são 22 de fumador activo e 56 de fumador passivo... Bem pensado, hã?!?
Quando soube que eu era Açoreano lá arranjou outra história, desta vez envolvendo cigarros Além-Mar. E tivéssemos dito mais coisas mais histórias haveria... Após termos conseguido sair e pagar, o que não foi fácil, ficou prometida outra visita e aquele mesmo cafézito promete vir a ser um dos ex-libris das noites dos encalhados, pelo menos dos que ficaram por Lisboa. Ele quer-nos mostrar mais fotos e também o seu talento na guitarra.
Para quem não assistiu, tudo isto aconteceu em pouco mais de três quartos de hora...
Enfim, ainda agora estou a partir e já estou com saudades. Foi um ano muito bem passado entre amigos extraordinários e espero que possamos reeditar as nossas soirées dentro em breve. Nem que seja em Londres a partir de Outubro ou noutro sítio para onde o destino de cada um de nós nos levar!
Muitos beijinhos para a A.M., G. e Rita e um grande abraço para o C.J e T.
Este post destina-se especialmente a relatar o facto de outros três membros deste grupo terem finalmente arranjado um homem, o nosso homem. O T. e o C.J. (Hans) já os tinham, respectivamente no Arroz Doce e no Grogs (embora quanto a este segundo haja alguma polémica sobre a propriedade) mas hoje num cafézito aparentemente inócuo ali para os lados da Praça de Londres (onde fui com as minhas queridas amigas A.M. e G.) eis que se nos revelou uma das personalidades mais caricatas que tivemos oportunidade de conhecer. O seu nome é, como o título indica, Tozé.
Tozé foi fabricado no Bairro Alto, nascido no Castelo, criado em Valença do Minho residente em Odivelas e trabalha em Lisboa, onde é dono de um café e paga 1375 euros por mês de renda.
O seu cartão de visita foi logo ao início ter surripiado o meu relógio (eu tenho a mania estúpida de estar sempre a tirá-lo e a pô-lo) de cima da mesa sem ninguem ter reparado e depois quando fui ao balcão pedir as bebidas já estar com ele no pulso e me ter perguntado se o queria comprar.
As meninas queriam uma água das pedras com sabores. Estes sabores são limitados a uns poucos mas quando questionado sobre quais os que tinha ele sai-se com uma lista de frutas digna de Lineu. Aparentemente ele faz água das pedras com tudo o que cresce na horta do sogro e reclama para si a invenção das águas gaseificadas! Após um quarto de hora de conversa ao Balcão explicando-me porque é que é mais vantajoso fazer as suas próprias águas com sabores do que vender as já engarrafadas e comentando diversas vezes como o meu relógio lhe pesava no pulso (admito que é daqueles pesaditos) de tal forma que era obrigado a andar de banda lá me consegui sentar...
Mas longe de isto ter terminado ali, foi meter conversa com a nossa G. ali na esplanada, especialmente demonstrar o seu belo castelhano com sotaque galego (sim, o homem também tem uma costela de lá). Explicou-nos tudo sobre o magnífico (segundo ele) triângulo Vigo-Baiona-Porriño que é a zona preferida dele e até pôs um slideshow no ecrã do café com as fotos de Valença e dessas terras espanholas de que ele tanto gosta para nós vermos. Continuou a lançar charme em espanhol para cima da G. (ainda bem que não para cima de mim) e depois foi altura de mostrar o seu conhecimento de vinhos que é sua especialidade. Aparentemente é grande fã de um vinho adocicado chamado Sanson, do qual nunca tinha ouvido falar e que só se compra em Espanha). E o que é que ele mete nesse vinho? Água das pedras claro!
Depois foi altura de falar da loja de rendas e toalhas da sua prima em Valença da qual tivemos até direito a um cartão assinado por ele com garantia de descontos e ofertas para qualquer dia que lá formos. Continuou a falar dizendo que foi um prodígio no futebol mas que infelizmente pouca gente o conhece (só os colegas aparentemente) e até me desafiou para uma corrida ao longo da Av. de Paris, dizendo mesmo que em 200m me dava à vontade 100 de avanço. E sim, o homem fuma há 78 anos... Como se ele não aparenta ter mais de cinquenta e poucos? Diz ele são 22 de fumador activo e 56 de fumador passivo... Bem pensado, hã?!?
Quando soube que eu era Açoreano lá arranjou outra história, desta vez envolvendo cigarros Além-Mar. E tivéssemos dito mais coisas mais histórias haveria... Após termos conseguido sair e pagar, o que não foi fácil, ficou prometida outra visita e aquele mesmo cafézito promete vir a ser um dos ex-libris das noites dos encalhados, pelo menos dos que ficaram por Lisboa. Ele quer-nos mostrar mais fotos e também o seu talento na guitarra.
Para quem não assistiu, tudo isto aconteceu em pouco mais de três quartos de hora...
Enfim, ainda agora estou a partir e já estou com saudades. Foi um ano muito bem passado entre amigos extraordinários e espero que possamos reeditar as nossas soirées dentro em breve. Nem que seja em Londres a partir de Outubro ou noutro sítio para onde o destino de cada um de nós nos levar!
Muitos beijinhos para a A.M., G. e Rita e um grande abraço para o C.J e T.
2 comentários:
Caro K,
Espero que tenhas umas belas férias na nossa ilha e nas outras à volta, que faças ferias de todos nós durante os tempos para nao te fartares e daqui a umas semanas vemo-nos na melhor cidade do mundo!!
E prepara as coisas em Londres, pq vai-se começar a falar de invasao tuga!!
Forte abraço da Argelia!!
Caro T,
Obrigado! E espero que te estejas a divertir aí por Madrid, tu agora só passas os fins-de-semana em Lisboa. Quando voltas para a Argélia?
Eu por aqui farto-me depressa... Uma semana basta. E não, não preciso de férias de vocês, muito pelo contrário!
Já conheceste o Tozé?
Grande abraço!
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